sábado, 7 de janeiro de 2012

O Despertar para a Qualidade - 2ª parte

 
As organizações, ainda, apresentam um sistema de comunicação precário e falho, acarretando morosidade na tramitação das informações internas e externas, bem como morosidade na execução das atividades de cada segmento da organização, em função de padrões e paradigmas antigos – hábitos e atitudes profissionais rígidos – ocasionando concentração de informações gerenciais e estratégicas na média gerência, não repassadas ao `população interna de um modo geral.
 
Um dos principais alicerces para o sucesso de qualquer organização é o gerenciamento e a utilização das informações da organização em apoio às metas globais, com forte ênfase na gestão de processos, na gestão de pessoas, na gestão de melhoria contínua e na gestão ao atendimento ao cliente.
 
Sabemos que, quem faz qualidade, são as pessoas.  Em um número muito grande de empresas, funcionários que ocupam funções gerenciais não têm a qualificação adequada, nem recebem treinamento capaz de prepará-los suficientemente para um aprendizado ideal no sentido de atender às necessidades, atuais e futuras, de clientes internos e externos e aos requisitos operacionais.
 
Um planejamento integrado das ações de capacitação, atendendo a uma política de treinamento que valorize equilibradamente o desenvolvimento e qualificação da força de trabalho, é necessário para um resultado eficiente e eficaz na implantação de um sistema de gestão da qualidade.
 
 A existência de um desequilíbrio entre responsabilidades e competências dentro das organizações, associado com a prática de pouca autonomia no nível gerencial médio, refletida na ausência de sua participação nas decisões gerenciais, e na necessidade do cumprimento de normas rígidas de funcionamento decorrentes de um modelo funcional galgado em paradigmas antigos e, aspectos tais como,  disfunções, funções mal definidas e sobreposição de funções dentro da estrutura organizacional, determinando um mau  aproveitamento da força de trabalho interno e acarretando duplicidades na estrutura administrativa, propiciam um ambiente inadequado para implantação de qualquer sistema de gestão.
 
Um modelo de estrutura organizacional atual e uma visão global da organização por parte de toda a força de trabalho são elementos vitais que favorecem o desenvolvimento da prática de gestão ao desempenho, levando a organização à competitividade global.
 
Para se chegar a este estágio de conceituação e prática da qualidade, grandes desafios foram vencidos pelas corporações dos países industrializados, ao longo das duas últimas décadas, as quais iniciaram ações de melhoria contínua da qualidade, auxiliadas por estudiosos da área da qualidade.
 
No Brasil, hoje, podemos dizer que as grandes organizações multinacionais e empresas nacionais que necessitam atender a requisitos de qualidade para fins de exportação, estão em estágio avançado em qualidade de produtos, serviços e atendimento ao cliente.
 
No entanto, muito deve ser feito, ainda, principalmente nas pequenas e médias empresas, de um modo geral.  Evidentemente, empresas de pequeno e médio porte, que fornecem para grandes empresas – como do setor automobilístico, por exemplo - foram obrigadas a caminhar em sua reestruturação, principalmente dentro dos conceitos atuais de qualidade, para se qualificarem como fornecedores dentro do conceito de qualidade assegurada.
 
Ainda é tempo para “o despertar para a gestão da qualidade”.